segunda-feira, 18 de julho de 2011

Devagarinho é que a gente chega lá. Ou não...

Salve conterrâneos e passageiros do Terriveble 4810!

Primeiro eu gostaria de agradecer a atenção de todos que nos apoiam nessa campanha de mobilização que só está começando. Já está passando da hora da nossa população parar de ser tratada como carga, não é mesmo? Enfim, hoje, deixando Belo Horizonte com destino a Caeté, mais uma vez pude perceber que a situação está longe de melhorar.


Cheguei à rodoviária nesta segunda-feira às 13 horas e já encontrei uma fila considerável aguardando a chegada do "balaio" vermelho. A fila é normal até certo ponto, mas acontece que esperar por um ônibus por cerca de uma hora, em uma tarde de segunda-feira já é um pouco frustrante. Isso porque chegaram, às 14 horas, dois vermelhões ao mesmo tempo, o que desafogou um pouco o congestionamento humano que já se formava ali. Ao embarcar na condução, o motorista foi indagado sobre o motivo do atraso e respondeu que a culpa era da BR-381 engarrafada. Acontece que essa (des)culpa pode ser dada por um motorista desavisado, que passa por ela ocasionalmente, mas não por um cidadão que responde por uma empresa que presta serviço a uma cidade inteira.

A Saritur sabe quando as condições de trânsito na BR não são boas e mesmo assim insiste nessa mesma rota de passagem frequentemente. A cada época há um pretexto diferente para poder justificar e maquiar a péssima qualidade dos serviços dessa companhia de ônibus. A bola da vez é a construção da nova ponte do Rio das Velhas. Diante desse problema, será que não seria mais viável que o curso do ônibus fosse passado para Sabará, agilizando o trabalho de motoristas, cobradores e também o transporte de passageiros?

Hoje, conversando com outras pessoas no final da fila pude perceber que não sou o único a estar incomodado com esse descaso. Diversos cidadãos já reclamavam do reincidente atraso do vermelhão enquanto esperavam, impacientes, a sua chegada.

O seu Antônio, 62, de Itabira e desavisado, optou por pegar o vermelhão para descer próximo ao trevo e se mostrou surpreendido com o tamanho da fila em plena segunda-feira. “Se eu fosse e voltasse para Caeté todos os dias, como vocês, já tinha perdido as estribeiras. Isso é uma falta de respeito com o trabalhador”, declarou.

Já a M. A, 56, que preferiu não ser identificada, confirmou que esperas como aquela eram diárias e que nunca uma solução eficaz é encontrada. “Já estou cansada de ver isso aqui, pego esse ônibus há sete anos e é frequente a demora, as filas grandes e, ainda por cima, os aumentos
da passagem. Não muda nada não, a empresa está numa situação confortável porque não tem concorrência, então ela age como bem entende com o povo”.

Diante desses recorrentes problemas o que resta ao cidadão é encarar todo santo dia uma BR engarrafada, como se vê no vídeo, ou procurar fugir dos horários de pico, que costumam ser os da manhã e os do início da noite, a partir das 18 horas. Na verdade essa segunda opção chega a ser deprimente, já que nem assim tem sido possível fazer uma viagem tranquila e rápida ao longo desses 50 km de chão que mais parecem milhas e milhas de distância...

Marcos Figueiredo

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